Uma multidão tomou as ruas de Boca d’Água, no município de Uibaí, na manhã desta segunda (07), em um ato contra o desmatamento da Caatinga. A manifestação, intitulada “Grito da Caatinga”, reuniu mais de 50 instituições do território de Irecê em protesto contra a licença ambiental concedida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) à empresa norueguesa Statkraft. A licença autoriza a eliminação de 1.524 hectares de floresta nativa para a instalação de 1.384.282 placas de energia solar.
A área afetada, rica em biodiversidade, abriga mais de 200 espécies de animais, sendo que 64 delas não conseguiriam sobreviver fora desse ambiente único. Além disso, a região possui cachoeiras, cavernas e sítios arqueológicos de grande relevância cultural e histórica.
Os manifestantes também denunciaram a negligência do órgão ambiental em considerar alternativas locacionais para a instalação da usina. Há terras sem vegetação nas proximidades que poderiam ser utilizadas, beneficiando agricultores familiares com o arrendamento de suas propriedades e evitando a destruição da Caatinga.
Para os participantes do ato, o governo estadual é responsável por essa tragédia ambiental, e o cancelamento da licença é a principal exigência do movimento. A manifestação reforçou a luta pela preservação da caatinga e pediu por decisões mais sustentáveis e responsáveis para o meio ambiente e as comunidades locais.
O Irecê Notícias procurou a assessoria da Startkraft que nos enviou uma nota sobre o ocorrido. Reproduzimos a mesma na íntegra abaixo:
Após a suspensão da liminar que paralisou as obras no final de novembro, o Complexo Santa Eugênia Solar informa que os mais de 600 trabalhadores retornarão às atividades, contribuindo diretamente para o desenvolvimento da região. Documentos adicionais serão entregues aos órgãos responsáveis, para reforçar que o licenciamento atendeu rigorosamente todos os requisitos legais e ambientais.
A empresa reafirma sua confiança no processo de licenciamento, que foi conduzido com profundidade técnica e transparência, cumprindo todas as regras legais e ambientais. Todos os estudos necessários para a compreensão integral dos eventuais impactos ambientais na área de instalação foram realizados, incluindo análises detalhadas de fauna, flora, patrimônio natural, entre outros. Com base nesses estudos e em boas práticas ambientais, foram implementados programas de monitoramento, controle e mitigação dos impactos socioambientais.
O projeto atende a todas as exigências fundiárias e de reserva legal, não havendo impacto direto nas comunidades tradicionais, quilombolas ou áreas de fundo e fecho de pasto.
O Complexo Santa Eugênia Solar respeita toda e qualquer manifestação pacifica e dentro da lei. A empresa segue à disposição para diálogo permanente, reforçando o compromisso com a transparência, a responsabilidade e o desenvolvimento sustentável.
Os canais do Complexo: 0800 877 7100 | [email protected]
Você pode conferir o vídeo no instagram do Irecê Notícias: (@irecenoticias)