A morte de Rosana Gama, vítima da Covid-19, reacende o alerta sobre a importância de manter os cuidados contra o vírus, especialmente durante as festas juninas, período marcado por aglomerações e que também coincide com a temporada de maior circulação de gripes e resfriados.

Rosana, conhecida por seu jeito alegre e carisma, foi internada e entubada no Hospital Regional de Irecê, mas não resistiu às complicações da doença e acabou por falecer no sábado (7).

Dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) mostram queda significativa nos casos e óbitos por Covid-19 em 2025: foram registrados 1.826 infecções confirmadas, uma redução de 78% em relação ao mesmo período de 2024 (8.353 casos). As mortes também diminuíram 79% – de 57 para 12 neste ano.  

Apesar da melhora, a Sesab reforça a necessidade de manter a vacinação em dia, não apenas contra a Covid-19, mas também contra a gripe (influenza), que pode levar a complicações graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.  

Cuidados no São João: prevenção contra Covid-19 e gripe

Com as tradicionais comemorações juninas, especialistas recomendam:  
- Vacinação: Manter o esquema vacinal atualizado contra Covid-19 e gripe. A campanha de vacinação contra influenza está em andamento e protege contra os vírus mais circulantes.  
- Sintomas gripais: Evitar aglomerações se estiver com febre, tosse, dor de garganta ou coriza.  
- Ambientes ventilados: Priorizar locais abertos e bem arejados para reduzir o risco de transmissão.  
- Máscaras: Usar em situações de multidão, principalmente para grupos de risco (idosos, gestantes e imunossuprimidos).  
- Higiene: Lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel, principalmente antes de comer ou levar as mãos ao rosto.  

Gripe também preocupa

Além da Covid-19, os casos de gripe tendem a aumentar no inverno, e a cobertura vacinal ainda está abaixo do ideal em algumas regiões. A vacina da gripe é segura, reduz hospitalizações e mortes, e pode ser tomada junto com a da Covid-19.  

Apesar da maioria das infecções por Covid-19 e gripe (influenza) apresentarem sintomas leves a moderados, ambas as doenças podem evoluir para quadros graves, especialmente em grupos de risco.

Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de 10% a 15% dos casos de influenza exigem hospitalização, enquanto a Covid-19 ainda apresenta taxas significativas de complicações em pacientes não vacinados ou com comorbidades.  

Riscos de agravamento

Pacientes com Covid-19 podem desenvolver:

- Pneumonia viral grave (principal causa de internação)  
- Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – responsável por 60% das mortes no auge da pandemia  
- Complicações cardiovasculares, como miocardite e trombose  
- Covid longa (fadiga crônica, névoa mental e sequelas pulmonares em até 30% dos casos)  

Já a gripe pode levar a:

- Pneumonia bacteriana secundária (comum em idosos)  
- Descompensação de doenças crônicas, como diabetes e insuficiência cardíaca  
- Síndrome de Guillain-Barré (rara, mas associada a infecções prévias por influenza)  

Idosos, imunossuprimidos, gestantes e portadores de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão) têm até 5x mais chances de hospitalização. Crianças menores de 5 anos também integram o grupo vulnerável para complicações da gripe.  

Sinais de alerta

Falta de ar, dor no peito, confusão mental e febre persistente por mais de 3 dias exigem avaliação médica imediata. "Não se deve subestimar sintomas respiratórios, mesmo em pessoas jovens", alerta Dra. Luana Freitas, infectologista do Hospital das Clínicas.  

Enquanto as duas doenças continuam circulando, especialistas reforçam: manter vacinas em dia e buscar tratamento precoce são as melhores estratégias para evitar desfechos trágicos.

A vacinação reduz em até 75% as hospitalizações por ambas as doenças. Estudos mostram que pacientes com esquema vacinal completo contra Covid-19 têm 90% menos risco de evolução para SRAG. Para a gripe, a imunização corta pela metade as mortes em idosos.