Cardeal Prevost, novo Papa Leão XVI, é acusado de acobertar casos de abuso sexual no Peru

Robert Francis Prevost, de 69 anos, eleito como Papa Leão XVI nesta quinta (8), enfrenta acusações graves relacionadas ao acobertamento de abusos sexuais na Igreja Católica. Enquanto administrava a Diocese de Chiclayo, no Peru, em 2023, três mulheres o acusaram de encobrir crimes cometidos por dois padres quando elas ainda eram crianças.  

Segundo as vítimas, uma delas chegou a telefonar para Prevost em 2020 para denunciar os abusos, mas o então bispo só encaminhou formalmente o caso ao Vaticano dois anos depois. Como resultado, um dos padres foi afastado preventivamente, enquanto o outro já não exercia funções por questões de saúde. A diocese peruana negou qualquer irregularidade, afirmando que Prevost seguiu todos os protocolos da Igreja.  

Apesar das controvérsias, o novo pontífice foi recebido com emoção em Roma. Quando a fumaça branca subiu da Capela Sistina às 18h07, anunciando sua eleição, milhares de fiéis na Praça São Pedro comemoraram ao som dos sinos da Basílica. Em seu primeiro discurso como papa, Leão XVI, visivelmente emocionado, pediu unidade e diálogo, agradecendo ao antecessor, Papa Francisco. "Deus nos ama e o mal não vai prevalecer", declarou.  

Dentro da Igreja, Prevost é visto como um reformista, alinhado às mudanças progressistas de Francisco. No entanto, as acusações de falha na apuração de abusos lançam uma sombra sobre o início de seu pontificado, levantando questionamentos sobre como lidará com casos do tipo no futuro. 

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